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Angra - Secret Garden (2014) RESENHA



Aos leitores, confesso que não foi fácil a tarefa de fazer a resenha do Angra, nem como fã e muito menos como crítico, até porque quando falamos de uma banda em que o nível técnico é grandíssimo nada é fácil, então vamos a ela!

Newborn Me, Já da as caras lembrando bastante o seu álbum mais pesado, o Aurora Consurgens, até mesmo lembrando uma música do próprio álbum, Scream Your Heart Out, fazendo aquela Power Prog bem pesado, além de lembrar bastante a outra banda de Fabio Lione, Vision Divine, até porque o Tecladista participou da gravação do álbum (rs)

Black Hearted Soul, Começando com vozes masculinas cantando em Latim, bem ao estilo RoF (Rhapsody of Fire), e claro aquela levada bem Power Metal tradicional que o Angra fazia nos tempos de Matos & cia, claro ja na metade as passagens Progressivas tornam-se bem mais presentes, essa é uma daquelas músicas ao estilo Carry On, com refrão grudante e um solo que você pensa ser impossível de ser executado, não quando se tem um guitarrista com o nível que tem Kiko Loureiro.

Final Light, Levada bem progressiva com percussões no inicio, até sua intensidade diminuir e Fabio começar a cantar, ela remete a uma pegada tensa enquanto cantada e em seus instrumentais lembra bastante a banda Kamelot, no álbum Poetry for the Poisoned, de 2010. com solo também bastante obscuro, até as guitarras dobrarem, uma ótima canção, bem mais Prog que Power, até porque esse álbum demonstra isso.

Storm of Emotions, Mais lenta, balada, com o baixo de Felipe Andreoli fazendo acordes, uma música um tanto simples, mas com a mesma atmosfera densa ou sombria (como preferirem chamar), além dela ser uma "balada" conta com um dueto entre Fabio e Rafael, só acho que ficou a desejar o corte na voz do Lione em que Rafael entra cantando, mas nem por isso deixa de ser uma boa e bela canção, e claro, também tem um refrão grudento.

Violet Sky, Começo pesado, denso, acordes bastante graves, e também puxada pro Prog Metal, Rafael canta com uma dedicação enorme, Você nota isso pelo refrão, com a extensão da voz dele, um pequeno solo que me parece ser feito por ele, ouvindo essa música com os olhos fechados, senti como se estivesse num local escuro, como se fosse feito uma viagem, pelo menos a sensação que tive ouvindo essa musica.

Secret Garden, Por se tratar da música tema, não fazia ideia que essa seria justa a que Simone Simons (Vocalista da banda de Symphonic Metal), faria sua participação, essa música lembra como algo triste estivesse acontecendo lembrei até de uma própria musica de sua banda: Solitary Ground, além disso ela tem uma passagem bastante progressiva muito semelhante ao que a banda Stream of Passion Faz, uma espécie de Symphonic Progressive Metal, uma bela canção, mas quem cantará ela ao vivo, se Simone tem sua banda? Será que Rafael fará os vocais femininos como ele fez no ultimo DVD da banda? Bem... Veremos...

Upper Levels, Essa mais uma vez destaca Felipe, começa com um  groove baseado no ritmo de salsa, sim! música latina, e logo entram os demais instrumentos transformando essa "dança" em Prog Metal, sim, nesse álbum você pode esquecer o antigo Power Metal tocado por eles nesse álbum, além de estar mais Prog soa também mais Técnico.

Crushing Room, Mais um dueto, porém dessa vez entre a Grandíssima Doro Pesch e Rafael, eu sabia que podíamos esperar algumas surpresas nesse álbum, não posso considerar essa música uma balada, mas um pouco mais cadenciada que Newborn me e Black Hearted Soul, nessa sim eu não tenho o que reclamar do vocal de Rafael, respeitando todos os espaços entre ele e Doro, e claro como eu já havia dito: algumas músicas estão bastante Prog.

Perfect Symmetry, Talvez a que mais lembre a fase antiga da banda com Power e se assemelha ao RoF na época de Luca Turilli, até mesmo pelos arpejos na intro da música, uma faixa legal bem Power Prog, bem Angra Fase Temple of Shadows com um pouco de Rebirth, mais precisamente Running Alone, música também conta com uma parte épica entre violinos e orquestrações, e Lione como sempre impecável, até porque essa foi mais dentro do que ele é acostumado a cantar que é o "Metal Castelinho" (Rs)

Silent Call, Super Balada, acho que na maioria dos álbuns a banda tem feito esse tipo de música como se fosse um encerramento ou uma despedida, ela soa bastante assim, me lembra Forgotten Land e Primitive Chaos (Almah), Rafael esbanjando sua potência Vocal, é... ele me surpreendeu cantando nesse álbum,

Uma coisa é certa, a banda (mais uma vez) está voltando, tem grandes músicos, os caras estão com vontade voltar a ser o Angra que sempre foi, até porque se não houvesse vontade não teriam gravado esse álbum, contam com um grande vocalista, se é permanente não sabemos, mas vamos aproveitar o grande momento em que a banda está vivendo e que ele permaneça por muito e muito tempo, temos um ótimo álbum, foi claro e notável que pelo menos nesse álbum a banda "abandonou" o Power Metal e mergulhou no Progressive Metal, se vão mesclar como em algumas músicas nós não sabemos, ao me ver caiu bem essa mudança, até porque renovou o astral da banda. Assim como no Rebirth, e como foi dito pelo próprio Rafael: "Não importa quem está cantando, nós queremos que vocês continuem..." e é assim que tem que ser.

Angra
Gênero: Power/Progressive Metal
País: Brasil
Lançamento: 17/12/2014 Japão, 17/01/2015 Brasil, Europa e outros Países.
Gravadora: earMusic


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